No último post eu escrevi que eu teria convidados aqui no blog, para estarem dividindo opiniões sobre o assunto do blog, a prostituição.
Resolvi que iria estrear a nova tag "Opinião" com um homem de família já construída e com uma experiência razoável de vida.
Hoje vocês irão ler o texto de Douglas Gouveia, 35 anos, morador da cidade de Cubatão/SP.
Boa leitura :)
"A prostituição é algo triste, isso é bem claro para mim...Também não consigo encarar como um trabalho, por mais que a máxima da "profissão mais antiga do mundo", seja repetida e aceita pela maioria.Em todo caso, não acho certo fazer um julgamento moral, ou criticar e discutir os motivos que levam essas pessoas a entrarem nessa vida. Creio que, para muitas é a única saída, para outras é uma saída fácil, no sentido de se conseguir dinheiro a partir do próprio "produto", no caso o corpo. Muitas das pessoas que se prostituem, foram forçadas a isso e outras talvez tenham começado, pensando em parar em algum momento. Ao que me parece, é um caminho sem volta. O preconceito é um fato, e por mais que o assunto seja tratado com naturalidade, há um abismo entre o que a sociedade assiste e o que ela é capaz de conviver, entender e aceitar com naturalidade.Interessante observar também nos dias atuais, a glamorização da prostituição e as formas mascaradas de prostituição, como vender a virgindade em um leilão via internet. Obviamente, nenhum desses dois casos se aplicam àquelas que ficam paradas em uma esquina ou qualquer que seja o ponto, sujeitas aos mandos e maus-tratos dos clientes e de um cafetão.
Não acredito que quem se prostitui faça isso pela necessidade de se relacionar. Creio que quem procura as garotas e garotos de programa, bem como os travestis, estas pessoas sim estão à procura de um contato físico (por que não emocional), ou de um mínimo relacionamento, a fim de preencher o vazio de suas vidas, ou simplesmente se deixar guiar pelos instintos mais primitivos do ser humano. Talvez por essa busca desenfreada pela satisfação dessa necessidade física e instintiva e também o vazio emocional, justifique o fato da “oferta e procura”, tornando a prostituição, apesar dos tabus, freios morais, sociais e religiosos, algo tão intrínseco à sociedade, desde os seus primórdios. "